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segunda-feira, 1 de março de 2010




Aii Galera, esse blog é mais uma das invenções dos five's...
Continuem acessando o blog, pois virão muitas novidades pra vocês curtirem!!!

Terremotos no Chile e no Haiti ocorreram por tipo distinto de Movimento Tectônico.

Abalo de 12 de Janeiro é exemplo de deslizamento lateral. No tremor de Sábado, uma placa "mergulha" para debaixo da outra.

A crosta da Terra é constituída por cerca de uma dúzia de grandes placas tectônicas (ou litosféricas), delimitadas por grandes “falhas”. O movimento da camada mais externa da Terra, mesmo que sejam só poucos centímetros por ano, produz tensões que vão se acumulando em vários pontos.

Os terremotos são efeitos desse processo geológico de acúmulo lento e liberação rápida de tensões entre as placas, quando as rochas atingem o limite de resistência e ocorre uma ruptura. O tamanho da área de ruptura, grande ou pequeno, determina se o evento será um abalo quase imperceptível ou um terremoto. Quanto maior a área de ruptura, maior a violência das vibrações emitidas.

Dependendo das características físicas das placas, do ângulo e da velocidade dos impactos, a trombada pode provocar o mergulho da placa mais densa sob a outra, o enrugamento e elevação das bordas das duas placas ou o deslizamento lateral entre ambas. A falha de San Andreas , na Califórnia, é desse tipo: as placas têm densidades semelhantes que colidem obliquamente.

O terremoto no Chile foi um exemplo de mergulho de uma placa (a de Nazca, no Oceano Pacífico) para debaixo da outra (a Sul-Americana). O terremoto no Haiti foi um deslizamento lateral entre placas (a Caribenha e a Norte-Americana, em um fronteira conhecida como Zona de Falha Enriquillo-Plantain Garden).

Além disso, no caso do abalo no Chile, apesar de ter magnitude extrema (8,8), seu hipocentro foi no mar, a 35 km de profundidade. O do Haiti, com magnitude 7, foi a 10 km da superfície. Hipocentro é o ponto de ruptura inicial, também chamado de foco do tremor – ou onde início do terremoto “aconteceu mesmo”. Epicentro é a projeção do hipocentro na superfície.

Número de mortos

Até a tarde desta segunda-feira (1º), as vítimas do terremoto do Chile não chegavam a 800. No Haiti, as últimas estatísticas indicam que o número de mortos passa de 230 mil.

Para Rosa, a diferença discrepante ocorre porque o ponto onde houve o terremoto haitiano era muito mais próximo a locais habitados do que no Chile. "O sismo do Haiti foi praticamente embaixo do centro da cidade".

O professor compara o terremoto a uma bomba. "É como se fosse uma explosão. Quanto mais longe, menor as consequências. No Chile, a sorte é que não foi próximo às maiores cidades".

Além disso, Rosa explica que as construções no Chile são mais preparadas para terremotos e o país tem um mapa das áreas de risco para prever quais são os lugares mais vulneráveis a terremotos.

Magnitude e intensidade

Um terremoto como o do Chile, com magnitude 8,8, é bastante raro. Essa “raridade” significa que ocorre um desses por ano, em média. Para entender: a fim de comparar os tamanhos relativos dos terremotos, o sismólogo americano Charles F. Richter, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), formulou em 1935 uma progressão logarítmica com base na amplitude dos registros das ondas superficiais de choque captadas pelas estações sismológicas: cada ponto corresponde a 10 vezes a amplitude das vibrações do ponto anterior e a 30 vezes a energia liberada.

A “escala” Richter não tem limite inferior nem superior. Tremores tímidos podem ter magnitude negativa. O máximo depende só da natureza.

Existe uma outra medida, diferente da Richter, que é a escala de intensidade dos efeitos do tremor, chamada Mercalli Modificada, sempre estimada.

A Richter indica precisamente a magnitude do terremoto. A MM estima a intensidade do evento.

Ela classifica os efeitos que as ondas de choque provocam em um determinado lugar. É extraída de observação e relatos de vítimas, não de instrumentos. Portanto, está sujeita a subjetividades. Além disso, um tremor de alta magnitude no Japão, com edificações concebidas para resistir a terremotos, atinge pontos na escala Mercalli muito mais baixos do que em um país despreparado para enfrentar o fenômeno.

Terremotos com magnitude igual ou superior aos 7 graus na escala Richter, como o que atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro, são mais comuns do que se pensa. De acordo com estimativa do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), 17 tremores de magnitude entre 7 e 7,9 ocorrem todos os anos no mundo. Acima disso, pelo menos um terremoto com magnitude de no mínimo 8 é registrado anualmente. Terremotos entre 6 e 6,9 são mais de 130 por ano.

domingo, 30 de agosto de 2009

Desenvolvimento do Brasil (Petróleo)

Pré-sal

Pré-sal é a denominação da faixa de petróleo considerado de alta qualidade que se localiza na costa marinha entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina abaixo de uma camada de sal, a cerca de sete mil metros de profundidade. Segundo Márcio Rocha Melo, geólogo e ex-funcionário da Petrobrás, a área do pré-sal poderia ser bem maior do que os 800Km, se estendendo de Santa Catarina até o Ceará.

Geologia

De uma maneira simplificada, o Pré-Sal é um conjunto de reservatórios mais antigos que a camada de sal (halita e anidrita) neoapitiniano que se estende nas Bacias de Campos e Santos desde o Alto Vitória até o Alto de Florianópolis respectivamente. A espessura da camada de sal na porção centro-sul da Bacia de Santos é de aproximadamente 2.000 metros, enquanto na porção norte da bacia de Campo está em torno de 200 metros. A área de ocorrência conhecida destes reservatórios, segundo a Petrobras (2008), é de 112.000 km² dos quais 41.000 km² (38%) já foram licitados e 71.000 km² (62%) ainda por licitar. Este sal foi depositado durante a abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (Jurássico Superior-Cretáceo) durante a fase de mar raso e de clima semi-árido/árido do Neoapitiniano (1 a 7 M.a.). A análise de um perfil sísmico da Bacia de Santos nos leva a crer que existem ao menos quatro Plays na região: O primeiro referente à fase Drift (turbiditos Terciários similares aos da Bacia de Campos) acima do sal e mais três, abaixo do sal, referentes Pós-Rift (carbonatos e siliciclastos apitinianos de plataforma rasa) e ao Sin-Rift (leques aluviais de conglomerados). Em todos os casos a rocha-geradora é de toda a costa Leste brasileira, a Formação Lagoa Feia. Quando se fala do “Cluster Pré-Sal” na Bacia de Santos, as descobertas foram realizadas no Play Pós-Rift em grandes profundidades com lâminas d’água superiores a 2.000 m e profundidades maiores que 5.000 m, dos quais 2.000 de sal. As rochas geradoras são folhelhos lacustres da Formação Guaratiba (do Barremiano/Aptiano e COT de 4%). O selo são pelitos intraformacionais e obviamente o sal. A literatura científica afirma que os reservatórios encontrados são biolititos cuja origem são estromatólitos da fase de plataforma rasa do Barremiano.

Extração

A Petrobras afirma já possuir tecnologia suficiente para extrair o óleo da camada. O objetivo da empresa é desenvolver novas tecnologias que possibilitem maior rentabilidade. Em setembro de 2008, a Petrobras começou a explorar petróleo da camada pré-sal em quantidade reduzida. Esta exploração inicial ocorre no Campo de Jubarte (Bacia de Campos), através da plataforma P-34.

Um problema a ser enfrentado pelo país, diz respeito ao ritmo de extração de petróleo e o destino desta riqueza. Se o Brasil extrair todo o petróleo muito rapidamente, este pode se esgotar em uma geração. Se o país se tornar um grande exportador de petróleo bruto, isto pode provocar a sobrevalorização do câmbio, dificultando as exportações e facilitando as importações. Fenômeno conhecido como "mal holandês", que pode resultar no enfraquecimento de outros setores produtivos como a indústria e agricultura.

Administração

O governo considera criar uma nova estatal para administrar os megacampos, que contrataria outras petrolíferas para a exploração, isso porque os custos de exploração e extração são altíssimos. Os motivos alegados no governo para não entregar a região à exploração da Petrobras são a participação de capital privado na empresa e o risco de a empresa tornar-se poderosa demais.

Manifestantes protestam durante lançamento do pré-sal; ministro considera manifestação "tímida"


A cerimônia de apresentação da proposta de marco regulatório para a exploração do pré-sal, nesta segunda-feira (31), em Brasília, contou com uma manifestação do grupo ambientalista Greenpeace.

Logo no início do discurso do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), dois manifestantes subiram ao palco segurando uma faixa com os dizeres: "Pré-sal e poluição, não dá pra falar de um sem falar do outro". A faixa foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Depois de descerem do palco, outros três manifestantes continuaram segurando faixas com a mesma frase, logo à frente das autoridades e convidados presentes ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães, local do evento.

A manifestação ocorreu de forma pacífica, sem que a segurança se exaltasse para retirar os ativistas do local.

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) considerou a manifestação "tímida". "Vocês sabem que eu fiz várias manifestações dessas né? Acho que foi um pouco tímida. Podia ser com palavras diferentes, mais coloridas, podia falar do carbono... mas a manifestação é ótima, porque o petróleo traz mesmo riscos ao meio ambiente. Aliás, estamos concluindo o mapeamento da sensibilidade do litoral brasileiro ao óleo", disse o ministro aos jornalistas.

Minc comemorou a inclusão do meio ambiente como uma das áreas a serem atendidas pelos recursos do fundo social que deverá ser criado com recursos do pré-sal. "Conseguimos uma boa vitória, porque o meio ambiente não estava formalmente dentro do fundo e o presidente incluiu o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Garantia absoluta não existe, mas o importante é ter recursos para investir em tecnologia e energia alternativas e em educação ambiental".

O protesto do Greenpeace durou até o término do evento. Pouco antes de os manifestantes subirem ao palco, o presidente Lula assinara as quatro propostas que deverão ser debatidas pelo Congresso Nacional, para criação do marco regulatório do pré-sal. Também entregara ao presidente da Câmara uma miniatura de um barril de petróleo.
 
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